“Comunicação e empatia foram essenciais” | Conheça a perspectiva de Renata Fidale, diretora na Cellera Farma

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Como está o seu saldo de desenvolvimento em 2020? Apesar dos desafios, algumas histórias nos ajudam a refletir sobre como podemos evoluir apesar das intempéries. Neste conteúdo, você acompanha a perspectiva de Renata Fidale, diretora na Cellera Farma, responsável pelo programa de Compliance de Proteção de Dados da companhia.


A diretora não gosta de se limitar quando o assunto é crescimento profissional. Pouco antes do início da pandemia, além de responsável pelo Jurídico, Compliance, Governança e Privacidade de Dados, Renata assumiu a área de Gente e Gestão na empresa.


“Logo no início, eu tive que aprender 10 meses em 2. Me vi obrigada a entender de ferramentas, processos, tudo a distância, olhando de forma estratégica como cada processo poderia nos ajudar a enfrentar esta crise”, explicou.


A saída para dar conta de todos os detalhes foi a cooperação. “Muita conversa com líderes da companhia e várias reuniões em nosso comitê de crise. Nosso passo principal era entender o que se passava em cada setor e trabalhar em cooperação. A gente acabou se ajudando muito assim”, celebrou Renata.


Para a diretora, os primeiros passos no desvendar da crise tiveram dois grandes focos: a saúde dos colaboradores e a administração das incertezas.

“Nós que somos do setor farmacêutico não poderíamos parar. Precisávamos tomar as medidas necessárias para que todos estivessem seguros. Separamos os grupos, deixando na empresa somente a quantidade essencial. E quanto à incerteza, ninguém sabia como seria a economia e como nosso setor se comportaria. Vem daí a nossa preocupação com o caixa da companhia e com os fornecedores principais de matéria-prima”, explicou Renata.


Dentre as diversas medidas adotadas pela Cellera Farma, o cuidado com os colaboradores foi crucial, mas o cuidado com a comunidade local também ganhou espaço. A empresa dedicou uma linha de produção da fábrica para fazer álcool gel para distribuir entre os colaboradores e a comunidade.
Comunicação e empatia


Construindo, então, estratégias para navegar pelos desafios de 2020, Renata Fidale encontrou uma boa surpresa. A capacidade de acolher e de receber o comprometimento da equipe em retorno.


“A constante comunicação e a empatia foram essenciais. Cada um lidou de uma maneira diferente e continua lidando. Diante de toda essa adversidade, as pessoas se uniram mais, com um engajamento muito maior com a empresa. Criou-se uma sensação de pertencimento. A partir do momento que nossos colaboradores se sentiram seguros e confiantes nas decisões que nós tomamos, eles trabalharam muito melhor, se entregaram muito e com o sorriso no rosto”, declarou.


Isso foi reflexo também da condução de estratégias de despertar confiança na equipe. Segundo a diretora, uma abordagem clara sobre as decisões da empresa, atuando de forma transparente com os colaboradores, despertou conexões mais verdadeiras. “Foi a nossa forma de passar por isso de maneira mais humana”, ressaltou.


Novas possibilidades e ganhos


As novas configurações de trabalho que precisaram ser assimiladas de maneira rápida, resultaram também em novos aprendizados sobre processos na companhia. E, neste sentido, a Cellera Farma conquistou um case bastante emblemático.


“Ficamos muito positivamente surpresos com o lançamento do Culturelle, um probiótico que já existe nos Estados Unidos. Nos encontros que precediam a colocação do produto em uma grande rede de farmácias, tínhamos reuniões presenciais para as quais convocávamos 20 pessoas diferentes e apareciam 4. Nas reuniões online, tivemos a presença de todas as áreas que precisavam estar lá”, relatou a gestora. “Geralmente, a colocação de um produto nessa magnitude demorava cerca de 2 meses. Em duas semanas, o produto estava na prateleira”, celebrou o novo recorde para a Cellera Farma.


Muitos paradigmas foram quebrados, o que impulsionou o desenvolvimento dos líderes para novas perspectivas de condução de equipes e de projetos.


Crescimento por meio da troca


Renata Fidale explica que houve um impacto direto na cultura da liderança corporativa, pois os líderes tiveram que aprender a sair da micro para a macrogestão, além de ter de desenvolver pessoas a distância. Mais uma vez, ela ressalta a importância do diálogo.


“Eu sou sempre muito afeita ao diálogo. Gosto de explicar para a minha equipe não apenas a decisão que está sendo tomada, mas o porquê daquela decisão, como a gente chegou àquela conclusão. Quando se explica processo de formação de decisão, você também dá ferramentas para sua equipe entender o negócio com profundidade, para que eles consigam tomar decisões de forma mais segura”, argumentou.


Neste ponto, é preciso também retomar a empatia e compreender que o processo de desenvolvimento nunca é unidirecional. É uma troca de mão dupla. “O que era complexo pra você há 10 anos, pode ser o desafio do seu liderado hoje. Tendo isso em mente, gosto de me sentir útil no desenvolvimento das pessoas”, disse.


Atualmente, Renata Fidale conduz mentoria com uma profissional da área de Direito, norteando-a em sua trajetória profissional. “Vou ensinar e orientar, mas também vou aprender bastante com ela. A troca é uma experiência muita rica”, finalizou.


Renata Fidale participou das mesas-redondas realizadas pela Executiva Outsourcing e também foi membro do painel da primeira edição do Fórum LGPD, mostrando na prática que os ambientes de troca provam que crescer em conjunto é de desenvolver com melhor qualidade.
Confira aqui a participação da Renata Fidale no Fórum LGPD.

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