Por que o trabalho voluntário faz bem a quem ajuda

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Diversos estudos indicam que agir em benefício alheio tem efeitos psicológicos positivos —ainda mais se a atividade é continuada. Fazer doações também traz mais felicidade. Andriana trabalha três dias por semana como voluntária na organização beneficente Komunitas Taufan, de assistência a famílias de menores com câncer ou outras moléstias de alto risco na Indonésia. A comunidade tenta aliviar o dia a dia das crianças hospitalizadas com riso, jogos e música, além de prestar apoio aos pais.

“Às vezes, na verdade, é a mãe que precisa de força e motivação, pois é fácil alegrar as crianças, mas os pais precisam de alguém com quem conversar”, conta Andriana à DW.

Depois de passar tempo com os pacientes e seus pais, ela sai de coração mais leve, e seus próprios problemas existenciais são colocados em perspectiva.

“Todas as vezes temos o mesmo sentimento, embora a gente devesse se acostumar. Mas, crianças diferentes, histórias diferentes, gente diferente… você fica simplesmente inundada com um monte de sensações. Nós achávamos estar fazendo uma diferença, mas na verdade estamos fazendo uma diferença para nós mesmos.”

Voluntariado precisa ser contínuo

De acordo com o Relatório Mundial de Felicidade de 2019, pesquisas indicam haver uma forte conexão entre voluntariado e maior satisfação existencial, emoções positivas e redução da depressão. Numa resenha de 37 estudos, envolvendo de 15 a mais de 2 mil participantes, os adultos com atuação voluntária apresentaram índices de qualidade de vida bem superiores aos demais.

O ato de ajudar gera mais alegria quando se está livre para escolher a quem e quando se quer ajudar, pois criam-se laços entre quem dá e quem recebe ajuda, e os voluntários veem de que modo estão fazendo a diferença, concluiu o relatório.

Pesquisadores da Universidade de Flinders, em Adelaide, Austrália, confirmaram que voluntários manifestam níveis mais altos de bem-estar, porém esses efeitos positivos são breves se a atividade não tem continuidade. Os participantes de sua pesquisa vivenciaram um aumento imediato do bem-estar subjetivo logo após o voluntariado, porém um ano mais tarde o sentimento retornara aos níveis anteriores, se não haviam mantido a atividade.

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Fonte: UOL – Viva Bem

Foto: Rawpixel.com – www.freepik.com

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