Sempre me pergunto como a empatia pode transformar um ambiente corporativo que historicamente valoriza a competitividade e os resultados acima de tudo. Para mim, a resposta está em liderar com identidade própria, sem pedir licença para ser quem sou. Acredito que não é preciso escolher entre resultado e humanidade: é possível ter ambos, e isso é o que construímos na Executiva.
Desde o início, decidi que a nossa cultura não nasceria para caber em rótulos. Preferi construir um caminho sustentável, que resistisse ao tempo justamente por ter identidade. Isso significa tomar decisões firmes, sim, mas sempre alinhadas aos nossos valores. Crescer, inovar e manter um time forte sem recorrer a fórmulas engessadas é um desafio constante, mas é também o que nos diferencia.
Liderar em um setor tradicionalmente masculino
Trabalhar em ambientes tradicionalmente dominados por homens, trouxe desafios, mas também oportunidades de reafirmar minha identidade. Nunca me interessei por copiar estruturas tradicionais de liderança. Prefiro construir caminhos próprios, que refletem coerência e clareza.
Acredito que as características tradicionalmente atribuídas às mulheres, como sensibilidade e escuta ativa, são, na verdade, pilares estratégicos. Não se trata de suavização, mas de clareza nas decisões. Humanização, para mim, é estar presente nos momentos difíceis com consciência e humanidade, sem perder de vista os resultados que precisam ser entregues.
A força da autenticidade em tempos de crise
Durante crises e momentos de transformação digital, percebo ainda mais a importância de liderar com empatia e identidade. Na Executiva, isso se manifesta no cuidado com as pessoas, na escuta atenta e na transparência das decisões. Não é apenas sobre atravessar tempos difíceis, mas sobre fortalecer a cultura organizacional no processo.
Sempre acreditei que uma liderança autêntica não precisa de permissão para existir. E foi assim que conseguimos criar soluções próprias, ouvir quem está na linha de frente e manter a clareza sobre o que é inegociável: respeito, consistência e integridade.
Transformando o mercado financeiro com lideranças femininas
Acredito que o mercado financeiro está, aos poucos, se abrindo para lideranças mais humanas e empáticas, mas ainda há um longo caminho pela frente.
Se queremos um ambiente de trabalho mais inclusivo e colaborativo, precisamos reconhecer a força da sensibilidade e da escuta ativa. Essas características constroem laços, fortalecem equipes e promovem ambientes mais saudáveis e produtivos.
Valores que não se negociam
Ao longo da minha trajetória, houve momentos em que demonstrar empatia foi visto como um sinal de fraqueza. Mas não me guio por rótulos. Escuto, acolho e agradeço. Mas também tomo decisões difíceis e exijo responsabilidade. Não lidero como mulher; lidero como Sidênia, com minha história, minha visão e minha coragem.
Na Executiva, os valores humanos estão presentes em cada decisão estratégica. Não acredito em fórmulas prontas. O que acredito é em pessoas. Apostamos nas pessoas certas, ouvimos quem está na linha de frente e mantemos o que é essencial: integridade e clareza.
O conselho que eu daria para outras mulheres
Se há um conselho que eu posso dar para mulheres que desejam assumir cargos de liderança, é este: não peçam licença para serem quem são. Liderar com autenticidade não é uma escolha fácil, mas é a única que constrói um legado verdadeiro.
Seja firme, seja sensível, seja inteira. Acredite em quem você é, nos seus valores e na sua visão de mundo. O mercado precisa de lideranças mais reais, mais humanas e mais corajosas. E isso não se aprende em manuais, se constrói em cada decisão, em cada desafio superado.
Liderar com identidade é, acima de tudo, liderar com propósito. E não precisei pedir licença para isso. Nem você precisa.
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Créditos: Foto na rua do Outono em Curitiba por Luana Wendpap em 11/5/25